segunda-feira, 26 de julho de 2010

ZORRO O MUSICAL



Zorro foi o musical da semana na mídia, esteve em todos os sites e jornais, celebridades twitando e falando de Zorro. Foi assim que ontem decidi que iria até o Teatro das Artes no Shopping Eldorado conferir de perto para repassar aos meus leitores tudo sobre a montagem brasileira deste espetáculo.


Grata foi a surpresa. Casa cheia aproximadas 600 pessoas.

Com Direção de Roberto Lage, prestigiado e renomado Diretor Teatral, Lage nos mostrou uma direção oposta ao comum em musicais, de forma muito agradável muito mais interpretação do que o normal em musicais, Lage é velho de guerra e seu trabalho não esta aprova de ninguém certamente colherá bons frutos durante a temporada. A Direção Musical é de Thiago Gimenes é envolvente, ARREPIANTE. E que agradável surpresa saber que a preparação vocal e todos os belos arranjos vocais são dele. Vimos uma música “gitana” até mesmo mais popular, muito mais muito quente, todas as pessoas que saiam do espetáculo ontem falavam: “ Essa música é muito forte, nos arrepiou o tempo todo é o que nos da vontade de voltar muitas vezes”.

Um prólogo impecável, percebi de imediato que me encontrava no mundo dos ciganos, destaque para Jéferson Oliveira, no papel do cigano Joaquin responsável pela voz mais bela durante os cantos “gitanos”.



Surge Camilla Camargo, uma nova estrela, da família Camargo e podemos ver uma bela e graciosa Luiza, que no segundo ato nos cativa a todos e nos surpreende com a cena do casamento onde em um tenso blecaute, Camilla emociona a todo o publico com uma voz imaginável, dona de agudos perfeitos e de muita técnica vocal.



No decorrer do musical uma falha fica no ar, não vimos o grandioso cenário e figurinos que encontramos em nossas pesquisas nas produções de Londres e França, o cenário Brasileiro é menor, mais clean e em alguns momentos até decadente. Rapidamente superado pela força cigana que o musical apresenta o tempo todo. Puxado por uma cigana linda, a própria Carmem, dessa vez Naíma, na pele de Cigana Inês. A sensualidade em pessoa, a cigana em pessoa, uma voz arrepiante. Bravo! Bravo! Bravo! Naíma é de todas as protagonistas do meio de musicais a melhor cantora, a melhor atriz, até que enfim um musical que não repetiu as velhas figurinhas de sempre...



E um certo vilão que todos odiamos e ficamos pensando durante a peça: “ ele é louco, psicopata”. Destaque para Luiz Araújo. Jarbas Homem de Mello não nos surpreendeu como ator. Sua técnica vocal é correta mas não nos passou a emoção esperada. Quero ver Murilo Rosa!

E as coreografias flamencas de Jarbas Homem de Mello aliadas aos jazz de Kátia Barros e Keila Fuke, é lindíssimo, emocionante. Katia Barros esta com tudo no meio de musicais!

Um dos momentos extraordinários é uma canção em que 4 lindas bailarinas na pele de moças do pueblo cantam em defesa de seu povo dizendo “ Como salvar nosso filhos, como lutar por justiça?” Chorei muito.

A iluminação é muito quente, mas não me agrada em muitos momentos. Arrisco a dizer que seja muito aberta até mesmo.

E o destaque final é para o sargento Garcia que nos arrancou boas e divertidas gargalhadas. Interpretado por Gerson Steves. A MARCA DO G!

VIVA EL ZORRO! Ou melhor, VIDA LONGA A EL ZORRO!

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