sexta-feira, 30 de abril de 2010

" FICA DESPERTAR "






O DESPERTAR DA PRIMAVERA

Sendo apenas nosso segundo post, não posso deixar de comentar aqui sobre o musical O Despertar da Primavera, enquanto ainda temos miseros três dias até encerrar sua temporada.




Poderia ser o clássico “meninos versus meninas”, mas não é à toa que esta montagem de Charles Möeller e Claudio Botelho teve uma aclamada temporada no Rio de Janeiro e chegou a São Paulo com cinco indicações ao Prêmio Shell. O entrosamento dos atores, todos entre 16 a 26 anos, é nítido: desde o carinho com que se cumprimentam na hora da chegada com beijo e abraço até o momento do aquecimento vocal, 15 minutos antes de entrar no palco, liderado por Danilo Timm. Os camarins são separados, mas quem disse que as regras não são quebradas? A interação é total. Existem até funções extraoficiais entre eles: Alice Motta é a massagista, Eline Porto, a maquiadora, Lua Blanco faz tranças como ninguém e Danilo, além de ser o professor de canto da turma, também foi eleito o chef da cozinha. E, claro, tem os galãs Thiago Amaral e o protagonista Pierre Baitelli. Com a temporada na capital paulista, muitos deles tiveram de adaptar a vida na nova cidade, já que a maioria é do Rio. Tem a turma que faz faculdade de Artes Cênicas e outros se aventuram em Economia. Afinal, a garotada brilha num musical, mas não deixa de ter suas obrigações.
O Despertar da Primavera
Até 2 de maio
Teatro Sérgio Cardoso – r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista
Tel.: (11) 3288¬0136
Quintas e sábados às 21h; sextas às 2 1h30 domingos às 18h
Preços variam de R$ 50 a R$ 60
Fonte: Istoé Gente – Edição 552 – 12/04/2010



Todo o brilho da juventude
Novo espetáculo de Charles Möeller e Claudio Botelho é um conjunto de acertos
O GRITO SUFOCADO DE LIBERDADE da juventude ecoa forte em O Despertar da Primavera, musical que insere sonoridade contemporânea ao texto de Frank Wedekind, que flagra o processo de desestabilização de adolescentes no fim do século 19.
A mistura contrastante entre antigo e contemporâneo soa atraente aos olhos e ouvidos, com Cláudio Botelho respondendo pela fluente versão das músicas (de Duncan Sheik e Steven Sater) para o português, que exprimem desejos reprimidos pela rígida moralidade das instituições e das famílias. Vale destacar a expressiva utilização da cor tanto na iluminação de Paulo César Medeiros quanto nas estampas dos figurinos femininos de Marcelo Pies, que formam belo conjunto com os padronizados uniformes masculinos.
Na direção, Charles Möeller orquestra o espetáculo com a habitual competência. Os atores evidenciam disciplina. Entretanto, por se tratar de um elenco muito jovem, como pede a própria dramaturgia de Wedekind, não é possível detectar trabalhos de interpretação mais personalizados.
(14 anos) Daniel Schenker Wajnberg
Fonte – Revista Instoé Gente.

Como ressalva gostaria de deixar aqui todo nosso apoio aos fãns deste musical que criaram a campanha “ FICA DESPERTAR”.

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